terça-feira, 31 de outubro de 2006

No início era o Monhé...

"O espírito do monhé", cap. I, 1ª parte

"Não foi uma vez, quem sabe duas ou talvez três, que Jacó, obrigado pela sogra, possuidora de material altamente comprometedor e que poria em risco a vida de milhares de jesuítas inocentes se viesse a ser descoberto, teve de enviar os filhos p'ró deserto plantar abacaxi para fugir à hecatombe. Foi aí, que seu filho, que nem sequer era seu, de nome José Cebolão Casquinha de Foleiro e que sofria de chulé e mau hálito, encontrou a mulher dos seus sonhos, que por acaso era também sua irmã. Despertado pela típica curiosidade de adolescente, e sabe-se lá mais por quê, Cebolão fez o que não devia, e às duas por três, já a sua irmã Esmeralda tinha um inchaço na pança. A princípio não se deu grande importância a este facto, pois julgou-se ser uma vulgaríssima picada de pernilongo Africano, mosquito, ou de qualquer outro bicharoco, o que era vulgar na sua idade, mas, passados 9 meses, o facto consumou-se... E como Cebolão não era nada burro, e até conhecia os 9 mandamentos, meteu o puto num caixote de óleo fula e mandou-o ao Mondego dar uma curva, pois o Nilo tinha muitas protuberâncias.

Foi encontrado à beira de um canavial perto de Caxias por um hebraico, descendente de pai alentejano e mão cigana, que julgou ser aquilo uma importante dádiva da Natureza, mas que cedo se apercebeu do quanto estava enganado..."

Ainda hoje o monhé transmite a sua sabedoria, acerca do rio que o viu partir, ao povo Ocidental.

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