"O espírito do monhé", cap. V
"Mesmo com as suas novas capacidades psíquico-mentais, o monhé continuava com varicela cerebral, handicap que o impossibilitava de realizar o seu maior desejo, que era, ao fim ao cabo, o maior desejo de todos os monhés desde o momento em que nascem: ser o mais parecido possível com uma pessoa (objectivo raramente concretizado).
Rumando ao desconhecido, entrou ocasionalmente numa taberna perto de Santa Clara do ovo mexido, onde tencionava afogar as suas mágoas em algo que não fosse leite em pó. Quando ia no décimo quarto chá de pimentão teve uma ideia que iria revolucionar o mundo da culinária: a "cardimoca". Uma nova erva aromática que, segundo o monhé, iria ser mais consumida que a ervilha de cheiro. A sua constituição era muito simples e baseava-se fundamentalmente na fusão de um cardo com uma limoca, com um cheirinho de aguarrás.
Mais uma vez as suas ideias não foram compreendidas pela sociedade. Foi condenado a 3 semanas de detenção e a ingerir 10 caixas das suas "cardimocas", sob acusação de perturbar o bem estar público. Só aí é que descobriu a sua inutilidade interno-acrobática (era mesmo burro), e resolveu não ajudar mais nenhuma velhinha a atravessar a rua, como medida de protesto contra esta sociedade podre em que não vivemos. Por isso e muito mais, vamos ficar por aqui e esperar pelo próximo capítulo (vamos lá a ver se é desta que nós escrevemos alguma coisa que se aproveite)."

Foto da "cardimoca".
"Mesmo com as suas novas capacidades psíquico-mentais, o monhé continuava com varicela cerebral, handicap que o impossibilitava de realizar o seu maior desejo, que era, ao fim ao cabo, o maior desejo de todos os monhés desde o momento em que nascem: ser o mais parecido possível com uma pessoa (objectivo raramente concretizado).
Rumando ao desconhecido, entrou ocasionalmente numa taberna perto de Santa Clara do ovo mexido, onde tencionava afogar as suas mágoas em algo que não fosse leite em pó. Quando ia no décimo quarto chá de pimentão teve uma ideia que iria revolucionar o mundo da culinária: a "cardimoca". Uma nova erva aromática que, segundo o monhé, iria ser mais consumida que a ervilha de cheiro. A sua constituição era muito simples e baseava-se fundamentalmente na fusão de um cardo com uma limoca, com um cheirinho de aguarrás.
Mais uma vez as suas ideias não foram compreendidas pela sociedade. Foi condenado a 3 semanas de detenção e a ingerir 10 caixas das suas "cardimocas", sob acusação de perturbar o bem estar público. Só aí é que descobriu a sua inutilidade interno-acrobática (era mesmo burro), e resolveu não ajudar mais nenhuma velhinha a atravessar a rua, como medida de protesto contra esta sociedade podre em que não vivemos. Por isso e muito mais, vamos ficar por aqui e esperar pelo próximo capítulo (vamos lá a ver se é desta que nós escrevemos alguma coisa que se aproveite)."

Foto da "cardimoca".
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