sexta-feira, 14 de maio de 2010

O sub-espaço espacial

"O espírito do monhé", cap. IX

Com 20 anos a mais em cima do pelo, o "vosso" herói acabou por ir por aí abaixo disparado num mar inóspito de sentimentos controversos que inflamavam em si a panóplia infindável de caixinhas de mom chérri, abarbatadas da caixa do correio do abrunho do 3º esquerdo, que tinha ingerido ao longo de todo este tempo. Isto dizia tudo: era hora de agir! E, sem mais demoras, esperou um bocadinho. Depois aguardou um pedaço, e então aguentou uma beca. Mais tarde, completamente exausto do esforço continuado a que tal aventura magnífica o tinha obrigado, decidiu contemplar a flagrante inexistência de espaço dentro do sub-espaço espacial do próprio espaço. 'Teve nisto mais um pouco e adormeceu...
Quando acordou, já cansado, percebeu que tudo tinha sido um sonho e que não tinha 20 anos a mais, mas exactamente a mesma idade que teria se fizesse anos todos os anos. Mas como os anos quebram a estaleca da reforma agrária, podemos com certeza afirmar que a rugosidade pélvica já referida pode transcender-se a si própria, rodando 180 graus no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio, e também no sentido de dar a si própria um escudo protector de agressões exteriores que neste momento assolam o pertinente abstracto do puxador da porta do quarto do sacristão.

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